Crítica: Mary e Max – Uma Amizade Diferente
Os dramas me perseguem. Eu tentei fugir, mas
acabei “acidentalmente” me esbarrando em um deles. Pablo Villaça (escritor,
diretor, roteirista, critico de cinema e fundador do site Cinema em Cena), sugeriu alguns filmes. Agreguei as
dicas do Mestre a minha lista que não para de crescer. E, resolvi começar por
“Mary e Max”. Entre os comentários da
postagem havia várias internautas tecendo elogios a película. Sequer li a sinopse e
comecei a assistir. Criei à falsa ideia de que fosse uma comédia por se tratar
de uma animação. Tolinha eu!
Tenho uma regra, não leio criticas antes de ver um filme. Isso
estraga a espontaneidade. Ler uma critica antes do filme é o mesmo que assistir
um pornô antes do sexo. Eu preciso entender e sentir de acordo com meus
sentimentos e meu alcance, ainda que curto, torto, fosco e limitado. Depois dos
meus equívocos e acertos todas as criticas serão bem vindas e respeitadas. Dai
sim, vou me aprofundar através da ótica daqueles que entendem realmente de
cinema. Complementar, reforçar, desconstruir ou formar o meu entendimento. Antes disso, é simplesmente meu olhar puro. Um olhar de quem almeja uma boa história
real/fictícia, beleza e arte.
Acho de uma falta de respeito tamanha alguém
dizer: “Não perca seu tempo assistindo tal filme porque não vale a pena”, “Não
vá ao cinema assistir tal filme, irá perder seu dinheiro” e de uma falta de
personalidade e subserviência sem tamanho de quem se submete a deixar de assistir um filme em favor da opinião de alguém. Os interesses e
emoções são despertados de acordo com nossas peculiaridades. Determinar se
alguém vai gostar ou não de algo pela luz da nossa percepção, é uma violação.
Fiquei encantada com o realismo dos
personagens. Nas animações é tudo muito bem definido. As expressões faciais são
claras e gritam silenciosamente. É um ver por dentro. Com isso a mensagem nos atinge
mais rapidamente e com maior impacto. O triste é imensamente triste, o
entediado, chega a nos dá tédio. Gosto dessa coisa enfática. Os sons estão
presentes o tempo todo marcando os acontecimentos: os passos na calçada, o
zunir de um inseto, o estalar de um beijo.
Ao contrário do que imaginei o roteiro não é leve e risonho. Apesar do tom melancólico e às vezes um tanto depressivo, e a oposição de cores, neste, cores frias, no outro, cores fortes e vibrantes. A narrativa me remeteu ao “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Por retratar poeticamente objetos e situações que nos parecem simples. Pela descrição tão esmerada da personalidade e prazeres dos personagens. É um filme inteligente e denso. Aborda temas como: fobia, depressão, suicídio, bullying, sexo, homossexualismo, religião, amor. Mas o tema principal é a amizade.
Ao contrário do que imaginei o roteiro não é leve e risonho. Apesar do tom melancólico e às vezes um tanto depressivo, e a oposição de cores, neste, cores frias, no outro, cores fortes e vibrantes. A narrativa me remeteu ao “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain”. Por retratar poeticamente objetos e situações que nos parecem simples. Pela descrição tão esmerada da personalidade e prazeres dos personagens. É um filme inteligente e denso. Aborda temas como: fobia, depressão, suicídio, bullying, sexo, homossexualismo, religião, amor. Mas o tema principal é a amizade.
Mary Daisy é uma garotinha de 8 anos que mora
na Austrália e Max Jerry é um americano de 44 anos. E, com todas as diferenças
e de forma improvável, surge uma amizade entre eles. Esse inexplicável
sentimento sem os qual nossas vidas não teriam a mesma força e graça. Um LINDO
filme tanto pela estética quanto pela mensagem.
Escrito e dirigido por: Adam Elliot
Ano: 2009
Texto: Lílian Pinho – Todos os direitos reservados ©
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