domingo, 31 de outubro de 2021

Doces ou Travessuras



Doces ou travessuras? Nos últimos anos, a mídia vem empurrando goela abaixo da sociedade brasileira o “Halloween”, uma tradição cultural realizada em parte de alguns países ocidentais, tendo uma representatividade maior nos Estados Unidos. Muitas pessoas aderem sem ao menos saberem a origem e significado dessa festa, mas, elas acham bonitinho e acreditam que é “status” se fantasiarem para comemorar algo que até mesmo vai contra aquilo que acreditam.

 História do dia das bruxas: “A história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditavam que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros. Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas.

Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição. Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro)”. Sem querer entrar na questão religiosa. O que vejo é uma nação que não valoriza e nega a própria cultura e tradições. Uma nação que não tem sentimento de patriotismo. Um país que não valoriza a própria cultura e que perde a sua identidade. Ou ainda, um pais fragmentado e de muitos povos, presos nas suas próprias culturas e que não se misturam. E muitos nem se consideram “brasileiro”. É o seu país com o seu povo, com sua cultura, num espaço geográfico chamado Brasil. 
Tipo: eu sou gaúcho, descendente de italianos, alemães. Tomo meu Chimarrão e como churrasco. E vocês, são vocês. Eu sou negro, visto minhas roupas coloridas, meu cabelo black. E vocês, são vocês. Eu sou Japonês, vivo aqui há anos, sou comerciante e mal falo sua língua. Vocês, são vocês. Eu sou índio. Vivo do meu modo. Amo a terra. Tenho minhas próprias leis. E vocês, são vocês.

É muita segregação. O Brasil é isso, e por sermos tantos e tão diferentes. Nossa identidade não é una. É cada um com sua e pela sua fatia. Não sou especialista, mas observo que muitas das tradições que vinham sendo disseminadas. Estão morrendo e vão dando espaço a outras que não nos é pertinentes. Ao menos, nessa formação “original” que parte desde o descobrimento. Daqui a 100, 200 anos o que os nossos descendentes saberão de nós? Mas, será esse o propósito, é esse o plano? “esquecer quem somos” e reconstruir uma “nova identidade”? O Halloween será para eles algo natural. Ainda que sejamos um povo multicultural, multirracial, essa “mistureba”. Somos brasileiros. Somos o que somos. E deveríamos, sim, nos orgulhamos de sermos muitos em um e acreditarmos nessa miscigenação. Mas, sentimento não se impõe não se obriga. Não dá para criar uma lei, obrigando a sermos patriotas a nos valorizarmos enquanto o que somos e nos respeitarmos. Então, vamos ponderar não se deixem alienar. Antes de venerar algo, procure saber o que está cultuando. Ou nos vemos como um TODO para a coisa ficar doce, ou teremos muitas travessuras nos atravessando!