Bom dia!!!
Hoje chegando ao campo deparei-me com a seguinte cena. Pessoas caminhando e
correndo e um veículo no meio. Dentro, três ocupantes, possivelmente o marido no
banco carona orientado o condutor, uma mulher, visivelmente insegura e amedrontada. E no banco de trás uma criança.
Uma das Senhoras que caminhava de vez em quando
olhava para trás, certamente pensando: “será que vai me atropelar?”. O carro “morreu”
e demorou um pouco até entrar em movimento novamente. Parei para obervar. Ali
estavam 8 pessoas com sua segurança ameaçada e seu direito de está usufruindo
de uma área de laser sendo violado em detrimento de 1 pessoa que também achava-se no
direito de usar o espaço para aprender a dirigir. Aquilo estava me incomodando profundamente, mas eu não estava afim de me indispor. Gente quando tem suas vontades e ideias
contrariadas ficam irracionais, agridem e até matam. Quanto mais em poder da arma de um carro. Descartei a possibilidade
de dizer aos ocupantes do veículo que não era seguro eles estarem aprendendo a
dirigir em meio às pessoas. Então, como a maioria delas vejo diariamente, falei
que mudassem de sentido e ficassem de frente para o carro por precaução.Percebendo a movimentação das pessoas, não demorou muito eles retiraram-se do local.
Fiz 1
hora de caminhada alternando com corrida, 10 minutos de escada. Vamos tocando
em frente!!
Detox
(Suco Verde):
½ maça
1 limão
1 pedaço
de pepino
1 pedaço
de gengibre
2
gelinhos de couve
Café:
Tapioca
com ovo cozido no micro-ondas com orégano
Banana,
maçã, iogurte natural e granola
Meu café
amargo
Marcha
As ordens da madrugada
romperam por sobre os montes:
nosso caminho se alarga
sem campos verdes nem fontes.
Apenas o sol redondo
e alguma esmola de vento
quebram as formas do sono
com a ideia do movimento.
Vamos a passo e de longe;
entre nós dois anda o mundo,
com alguns mortos pelo fundo.
As aves trazem mentiras
de países sem sofrimento.
Por mais que alargue as pupilas,
mais minha dúvida aumento.
Também não pretendo nada
senão ir andando à toa,
como um número que se arma
e em seguida se esboroa,
- e cair no mesmo poço
de inércia e de esquecimento,
onde o fim do tempo soma
pedras, águas, pensamento.
Gosto da minha palavra
pelo sabor que lhe deste:
mesmo quando é linda, amarga
como qualquer fruto agreste.
Mesmo assim amarga, é tudo
que tenho, entre o sol e o vento:
meu vestido, minha música,
meu sonho e meu alimento.
Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos ristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento.
Como tudo sempre acaba,
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento...
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento.
romperam por sobre os montes:
nosso caminho se alarga
sem campos verdes nem fontes.
Apenas o sol redondo
e alguma esmola de vento
quebram as formas do sono
com a ideia do movimento.
Vamos a passo e de longe;
entre nós dois anda o mundo,
com alguns mortos pelo fundo.
As aves trazem mentiras
de países sem sofrimento.
Por mais que alargue as pupilas,
mais minha dúvida aumento.
Também não pretendo nada
senão ir andando à toa,
como um número que se arma
e em seguida se esboroa,
- e cair no mesmo poço
de inércia e de esquecimento,
onde o fim do tempo soma
pedras, águas, pensamento.
Gosto da minha palavra
pelo sabor que lhe deste:
mesmo quando é linda, amarga
como qualquer fruto agreste.
Mesmo assim amarga, é tudo
que tenho, entre o sol e o vento:
meu vestido, minha música,
meu sonho e meu alimento.
Quando penso no teu rosto,
fecho os olhos de saudade;
tenho visto muita coisa,
menos a felicidade.
Soltam-se os meus dedos ristes,
dos sonhos claros que invento.
Nem aquilo que imagino
já me dá contentamento.
Como tudo sempre acaba,
oxalá seja bem cedo!
A esperança que falava
tem lábios brancos de medo.
O horizonte corta a vida
isento de tudo, isento...
Não há lágrima nem grito:
apenas consentimento.
(Cecília
Meireles)
Canteiros
(Fagner, baseado no poema "Marcha" de Cecília Meirelles Músicas incidentais : Na hora do almoço (Belchior), Águas de Março (Antonio C. Jobim)dos discos "Manera Frufru Manera" e "Ao Vivo - Duplo" )
Quando penso
em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
Deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um toco sozinho ...
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
Deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida
É pau, é pedra, é o fim do caminho
É um resto de toco, é um toco sozinho ...
São as águas de março fechando o verão
É promessa de vida em nosso coração
(Raimundo
Fagner)
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