quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Lilicando - Suas escolhas definem você



Bom dia! Acordei e recebi um elogio da minha mãe. Ela falou que eu havia emagrecido um bocado e completou dizendo que eu tinha sorte pela facilidade em perder peso. Fiquei toda sorriso pelo carinho na auto-estima, mas, vejamos. Não é fator sorte, é dedicação. Quantos acarajés que eu adoro deixei de comer, quantos sorvetes, chocolates e uma infinidades de gordices que eu poderia citar aqui e você cansaria de ler. Na vida é assim, em tudo. Para conquistar algumas coisas é preciso renunciar a outras. Dizer não, sobretudo para você mesmo. Ainda que as pessoas à sua volta não compreendam, critiquem, não colaborem ou até mesmo atrapalhem. Se você quer, persista no seu objetivo com convicção. E se preciso for, fuja daquilo que te atrapalha.

Fiz 1 hora de caminhada, chuva, sol. Alongamento antes e depois. Mais tarde boxe de leve. Vamos tocando em frente!

Suco Rosa:

1 beterraba
1 laranja
1 pedaço de gengibre
1 copo de iogurte natural caseiro (Tem uma postagem ensinando como fazer)
1 colher rasa de açúcar mascavo

Café:

2 fatias de pão integral com queijo
Mamão com Iogurte natural
Meu café amargo

 




























Explicação dada, em tese, pelo próprio compositor, O GRANDE POETA ZÉ RAMALHO, sobre a música Chão de Giz:

Ainda jovem, o compositor teve um caso duradouro com uma mulher bem mais velha que ele, casada com uma pessoa bem influente da sociedade de João Pessoa, na Paraíba, onde ele morava. Ambos se conheceram no carnaval. Zé Ramalho ficou perdidamente apaixonado por esta mulher, que jamais abandonaria um casamento para ficar com um “garoto pé-rapado”. Ela apenas “usava-o”. Assim, o caso que tomava proporções enormes foi terminado. Zé Ramalho ficou arrasado por meses, mudou de casa, pois morava perto da mulher e, nesse meio tempo, compôs Chão de giz.

Sabendo deste pequeno resumo da história, fica mais fácil interpretar cada verso da canção. Vamos lá!

“Eu desço desta solidão e espalho coisas sobre um chão de giz”

Um dos seus hábitos, no sofrimento, era espalhar pelo chão todas as coisas que lembravam o caso dos dois. O chão de giz indica como o relacionamento era fugaz.

“Há meros devaneios tolos, a me torturar”

Devaneios e lembranças da mulher que não o amou. O tinha como amante, apenas para realizar suas fantasias. Quando e como queria.

“Fotografias recortadas de jornais de folhas amiúdes”

Outro hábito de Zé Ramalho era recortar e admirar TODAS as fotos dela que saiam nos jornais – lembrem-se, ela era da alta sociedade, sempre estava nas colunas sociais.

“Eu vou te jogar num pano de guardar confetes”

Pano de guardar confetes são balaios ou sacos típicos das costureiras do Nordeste, nos quais elas jogam restos de pano, papel, etc. Aqui, Zé diz que vai jogar as fotos dela nesse tipo de saco e, assim, esquecê-la de vez.

“Disparo balas de canhão, é inútil, pois existe um grão-vizir”

Ele tenta ficar com ela de todas as formas, mas é inútil, pois ela é casada com um homem muito rico.

“Há tantas violetas velhas sem um colibri”

Aqui ele utiliza de uma metáfora. Há tantas violetas velhas (Como ela, bela, mas velha) sem um colibri (um jovem que a admire), dessa forma ele tenta novamente convencê-la apelando para a sorte – mesmo sendo velha (violeta velha), ela pode, se quiser, ter um colibri (jovem).

“Queria usar, quem sabe, uma camisa de força ou de vênus”

Este verso mostra a dualidade do sentimento de Zé Ramalho. Ao mesmo tempo que quer usar uma camisa de força para se afastar dela, ele também quer usar uma camisa de vênus para transar com ela.

“Mas não vou gozar de nós apenas um cigarro”

Novamente ele invoca a fugacidade do amor dela por ele, que o queria apenas para “gozar o tempo de um cigarro”. Percebe-se o tempo todo que ele sente por ela um profundo amor e tesão, enquanto é correspondido apenas com o tesão, com o gozo que dura o tempo de se fumar um cigarro.

“Nem vou lhe beijar, gastando assim o meu batom”

Para quê beijá-la, se ela quer apenas o sexo?

“Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez…”

Novamente ele resolve ir embora, após constatar que é impossível tentar algo sério com ela. Entretanto, apaixonado como está, vai novamente à lona – expressão que significa ir a nocaute no boxe, mas também significa a lona do caminhão, com o qual ele foi embora – ele teve que sair de casa para se livrar desse amor doentio.

“Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar”

Amor inesquecível, que acorrenta. Ela pisava nele e ele cada vez mais apaixonado. Tinha esperanças de um dia ser correspondido.

“Meus vinte anos de ‘boy’ – that’s over, baby! Freud explica”

Ele era bem mais novo que ela. Ele era um boy, ela era uma dama da sociedade. Freud explica um amor desse (Complexo de Édipo, talvez?).

“Não vou me sujar fumando apenas um cigarro”

Depois de muito sofrimento e consciente que ela nunca largaria o marido/status para ficar com ele, ele decide esquecê-la. Essa parte ele diz que não vai se sujar transando mais uma vez com ela, pois agora tem consciência de que nunca passará disso.

“Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval”

Eles se conheceram em um carnaval. Voltando a falar das fotos dela, que iria jogar em um pano de guardar confetes, ele consolida o fim, dizendo que já passou seu carnaval (fantasia), passou o momento.

“E isso explica porque o sexo é assunto popular”

Aqui ele faz um arremate do que parece ter sido apenas o que restou do amor dele por ela (ou dela por ele): sexo. Por isso o sexo é tão popular, pois apenas ele é valorizado. Ela só queria sexo e nada mais.

“No mais, estou indo embora”

Assim encerra-se a canção. É a despedida de Zé Ramalho, mostrando que a fuga é o melhor caminho e uma decisão madura. Ele muda de cidade e nunca mais a vê. Sofreu por meses, enquanto compôs a música.











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