(Foto: Lílian Pinho) |
Fiz uma Omelete para aproveitar a carne que sobrou do almoço de ontem. E ontem, com o caldo da carne do almoço, aproveitei para fazer uma sopa e não jogar o caldinho fora. Cozinhar também é isso, reaproveitar, transformar algo que já tem em um prato novo com gosto e "cara" nova.
Triturei a carne, refoguei com cebola picada, azeitona picada e milho verde. Omelete não tem segredo, todo mundo sabe fazer. Ovos batidos com um pouquinho de pimenta e sal a gosto. Coloca na frigideira (de preferência com teflon). Despeja os ovos batidos e deixa fritar, coloca o recheio e faz o rolinho. Hoje é Natal e aqui preparando a Ceia. Pensei na questão do desperdício de comida. Achei bem propício abordar o tema. Que o alimento sagrado não nos falte a mesa, mas vamos evitar os excessos, os desperdícios, as extravagâncias. Segue uma matéria que li. Muito interessante.
(Foto: Google imagens)
Com
reportagem de Júnior Milério
Uma família brasileira de
classe média joga no lixo cerca de 20% dos alimentos que compra semanalmente. A
informação é do Instituto Akatu, ONG que trabalha em prol do consumo
consciente. Isoladamente, esse volume pode até parecer pequeno. Mas, no
conjunto, trata-se de uma montanha de comida descartada: 500 gramas por dia –
ou 182 quilos anuais por família.
Isso
significa que:
1 1) estamos comprando mais do que realmente
consumimos;
2) não armazenamos os produtos de forma adequada em casa;
3) não aproveitamos integralmente os alimentos. No pior cenário, são todas essas
atitudes juntas.
Quem já não se flagrou
jogando fora aquele pote de requeijão que ficou ‘esquecido’ na geladeira e,
claro, perdeu o prazo de validade? Ou a outra metade de molho de tomate que
sobrou na lata e se deteriorou? Segundo o Instituto Akatu, boa parte do
desperdício de comida se dá pelas mãos do consumidor, seja na manipulação dos
alimentos na hora da compra, no armazenamento e preparo culinário ou mesmo nos
hábitos alimentares.
Confira as dicas abaixo para
não transformar a sua comida em lixo. As informações são do projeto Mesa
Brasil, da ONG Banco de Alimentos e do Instituto Akatu.
(Foto: Google imagens)
No
supermercado
- antes de ir às compras,
confira quais produtos estão sobrando na geladeira e nos armários
- se possível, leve uma
lista do que vai precisar para o período de uma semana
- não vá ao supermercado com
fome porque a tendência é sempre comprar mais do que o necessário
- alimentos da época
costumam ser mais baratos e frescos e ter maior durabilidade
- escolha frutas e legumes
sem cutucá-los ou apalpá-los demais. Isso pode danificar os produtos e diminuir
seu tempo de consumo
- cuidado com as promoções:
de que adianta levar três se você consegue comer apenas um?
- observe a data de validade
descrita nas embalagens e cuidado ao levar para casa produtos que estejam no
limite prazo
Em
casa, no armazenamento
- frutas, verduras e legumes
devem ser armazenados em sacos plásticos fechados
- coloque-os na prateleira
mais baixa da geladeira, onde a temperatura é menor
- lave-os somente na hora do
preparo porque o contato com a água aumenta as chances de proliferação de mofos
e deterioração
- terras e outras impurezas
ajudam a prolongar a vida útil desse tipo de alimento
- evite guardar vegetais e
frutas já cortadas. Em pedaços, aumenta a área de contato com o ar, fator que
acelera a proliferação de bactérias
Em casa, no preparo dos
alimentos
- não jogue fora folhas e
talos de verduras e legumes. Eles são nutritivos e saborosos. As folhas de
beterraba, por exemplo, possuem mais cálcio e fósforo que as próprias raízes
que costumamos comer
- por isso, podem ser usados
crus ou cozidos em saladas, caldos e sopas, recheios de tortas, farofas e
refogados
- cascas de frutas também
podem ser aproveitadas em geleias, sucos, chás e doces
- frutas cortadas tendem a
durar mais se forem guardadas em temperatura adequada com o caroço (quando
houver)
- o pãozinho amanhecido pode
ser ralado e transformado em farinha
- está sobrando comida na
geladeira? Congele para usar em outro dia
- para produtos industrializados,
fique de olho nas datas de validade: depois de aberto, o prazo é mais curto do
que o descrito na embalagem.
(Foto: Google imagens)
Comida
não é lixo
Um estudo realizado em 2004
pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) revelou
que o Brasil está entre os dez países que mais jogam comida no lixo. “Nós,
consumidores, somos responsáveis por uma parcela considerável desse
desperdício”, avalia Luciana Gonçalves, nutricionista e coordenadora do projeto
Mesa Brasil, criado pelo SESC São Paulo e também voltado para o consumo
consciente. Mas Luciana explica que não somos os únicos culpados nessa
história: “Há deficiências em toda a cadeia de produção. Da plantação, passando
pelo transporte e pela indústria, até chegar ao comércio e, finalmente, às
nossas mãos”. Somos, portanto, a ponta de um imenso iceberg.
Na agricultura, o mau
aproveitamento da terra, a escolha inadequada das sementes e a colheita fora de
época fazem crescer os números do prejuízo. No transporte, embalagens
inadequadas e caminhões sem refrigeração, por exemplo, também põem a perder
muito do que se colhe. A indústria, por sua vez, chega a desperdiçar até 15%
dos alimentos processados – e (pasme!) essa perda é repassada no valor final do
produto.
Quando eles chegam às
prateleiras, mais esbanjo. Em São Paulo, o Ceagesp, maior centro de entrepostos
da América Latina, chega a jogar fora 100 toneladas de comida diariamente. Nos
mercados comuns não é diferente. Segundo a Associação Brasileira de
Supermercados (Abras), em 2009, o índice médio de desperdício foi de 2,36% do
total comercializado, sendo a maioria de produtos perecíveis. A pesquisa tomou
por base 28 empresas de todas as regiões do país, num total de 1193 lojas – 25%
delas não possuem uma área de prevenção de perdas.
“O número ainda é alto, mas
percebemos que as grandes redes de comércio e as indústrias de alimentos estão
começando a se mobilizar, fazendo parcerias com ONGs e institutos que aceitam
doações de comida, além de promover trabalhos educativos para conter o desperdício”.
(Foto: Google imagens)
Fonte:
Comida.ig.com.br
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