domingo, 26 de janeiro de 2014

Na Cozinha da Líli - Pipoca no Micro-ondas no Saco de Pão


Essa receita foi dica da minha cunhada, Rita. Eu só fazia na panela. Achei  maravilhoso o fato de não precisar adicionar gordura. Super prático e saudável, ao contrário das industrializadas que contém conservantes e aditivos químico. 

A pipoca é muito saudável, é rica em antioxidantes, contém ômega 3, potássio, magnésio, fósforo. Tem 5 vezes mais fibras que a alface. Um estudo recente da Universidade de Scranton nos Estados Unidos. Segundo um time de cientistas, a pipoca reúne mais antioxidantes que uma porção e frutas e verduras. O que faz com que ela possa ser uma aliada ardilosa na guerra contra os radicais livres, aquelas moléculas instáveis e perigosas que atacam as células e provocam desastres que  vão de envelhecimento precoce a câncer.


Vai precisar de:

1/2 xícara  (chá) de milho de pipoca
1 saco de pão (papel) aquele mesmo que vem da padaria com seu pão


Coloque o milho dentro do saco.


Eu li uma dica para colocar um papel toalha em baixo, por pura precaução. Evitar que o saco fure. Dobre o saco (as pontas). Leve ao micro-ondas por cerca de 3 minutos. (pode variar conforme a potência do seu micro-ondas). As minhas ficaram prontas em 4 minutos. E o saco era grande. Tem a ver.

Na hora de abrir, cuidado com o vapor para não se queimar. Prontinho!

Pipoca ou piruá?
A transformação do milho duro em pipoca macia 
é símbolo da grande transformação por
que devem passar os homens. 
O milho de pipoca não é o que deve ser. 
Ele deve ser aquilo que acontece depois de estouro. 
O milho somos nós: duros, Quebra-Dentes, impróprios para comer. 
Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. 
Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho para sempre. 
Assim acontece com a gente. 
As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. 
Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. 
São pessoas de uma mesmice, uma dureza assombrosas. Só elas não percebem. 
Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. 
Mas, de repente, vem o fogo.
O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos - Dor. 
Pode ser o fogo de fora: perder um amor, um filho, um amigo ou o emprego. 
Pode ser o fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão, doenças e sofrimentos cujas causas ignoramos. 
Há sempre o recurso do remédio, uma maneira de apagar o fogo. 
Sem fogo, o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação. 
Imagino que a pipoca dentro da panela, ficando cada vez mais quente, 
pensa que a sua hora chegou: vai morrer. 
Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, 
ela não consegue imaginar destino diferente. 
Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. 
A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. 
Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! 
E ela aparece completamente diferente, como nunca havia sonhado. 
Piruá é o milho que se recusa a estourar. São aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. 
Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. 
A sua presunção e o medo são a dura casca que não estoura. O destino delas é triste. 
Ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca e macia. 
Não vão dar alegria para ninguém. 
Terminado o estouro alegre da pipoca, 
no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. 
Seu destino é o lixo. 
E você, o que é? 
Uma pipoca estourada ou um piruá?

(Rubem Braga)

Nenhum comentário:

Postar um comentário